quinta-feira, 24 de abril de 2008

Luz, Trevas e Ilusões

Luz, Trevas e Ilusões. Houve um tempo quando vozes humanas ecoaram pelo mundo avisando sobre seu declínio e as razões de tal acontecimento. Imbuídos, como sempre, num ego-servilismo amoral, a massa não deu ouvidos e excomungou essas vozes.O tempo, essa ilusão barata, aparentemente passou, e as vozes se repetiram. Os chamados Grandes Pensadores clamaram pelo fim de toda essa sujeira. E mais uma vez não escutaram. Gerações e Civilizações percorreram o mundo. No negrume infinito do universo, a Terra, azulzinha e brilhante, queimava infelicidade e teimosia.Mas no meio do chiqueiro humano, estão nascendo luzes.Pouco a pouco, essas luzes escurecem tudo ao seu redor, apagando o leve brilho dos seres ao seu redor. Elas sim contém a essência dos Pensadores e nasceram para mostrar o caminho.Quando elas observam o infinito, o Universo e as divindades, admiram-os, almejando para si mesmos o mesmo destino: A perfeição.E enquanto caminham entre os pequenos, são comos grandes pás afastando as pequenas folhas e sementes secas caídas durante o outono e o inverno. Seu brilho é comparável ao das estrelas. Tentáculos e explosões brancas lampejam à sua volta, e o que se ouve é apenas uma canção. Uma canção pura e piedosa, semelhante à vozes dos Belos Pensadores. De que adianta expor-se aos pequenos humanos, se nada veem além de seus romancesinhos baratos e doces caramelizados? Fosse o que fosse, as luzes estão ai, por uma fagulha de instante, como um presente divino, para os pobres transeuntes. Até quando será assim? Até quando o Caos governará absoluto sobre essas mentes? E por que não enxergam o poder das luzes e seguem seu caminho? Um dia perderão-nas para o Céu. Um dia essas poderosas luzes desistirão de ajuda-los e migrarão para outros confins, eu busca de mundos que ouçam suas canções, e que, vistas de longe, serão para os seres humanos o que as estrelas são, hoje. Memórias do infinito.